
08 abr A PEDIDO DE WILMA, CÂMARA DISCUTE EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS DE ITABUNA
O Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é comemorado em 24 de abril e, a pedido da vereadora Wilma (PCdoB), a Câmara de Vereadores realizou no dia 08 de abril um debate sobre a educação bilíngue para as pessoas surdas, em alusão a data. A sessão especial foi realizada em parceria com a ASSI, Associação dos Surdos de Itabuna.
A mesa de debates reuniu importantes nomes da luta pela inclusão: Mariana Santos, presidente da ASSI; Ricardo Dantas, professor das redes municipal e estadual; os professores da UESC Lucília Lopes, Wolney Gomes e Ítalo Mafra; Lindiana Gomes, coordenadora da Educação Inclusiva da Secretaria Municipal de Educação; e o vice-prefeito de Itabuna, Júnior Brandão.
Durante a sessão, Mariana Santos destacou os desafios enfrentados pelos surdos no processo de alfabetização. “Não temos intérpretes nas escolas. Como iríamos conseguir aprender? Com as escolas bilíngues, os surdos se sentem mais cidadãos. Estamos esperando com fé que essa proposta seja criada. A Libras vai ser oferecida como L1 e o português como L2”, explicou.
O professor Ricardo Dantas reforçou a necessidade de vontade política para efetivar a proposta. “A ideia central é uma escola bilíngue. Como ainda não é possível, propomos utilizar um espaço com uma sala bilíngue adaptada, com funcionários capacitados e formação continuada. O documento já foi entregue à Secretaria de Educação. Uma escola voltada para surdos é uma luta antiga da associação”, afirmou.
O vice-prefeito Júnior Brandão ressaltou a importância do engajamento do poder público na causa. “Não basta apenas garantir a tradução em LIBRAS, é fundamental oferecer ensino da Libras como primeira língua e o português como segunda. No entanto, é preciso considerar a questão orçamentária, pois tudo isso exige investimentos”, completou.
A vereadora Wilma destacou a urgência de garantir direitos e inclusão à comunidade surda:
“Ter a educação bilíngue é um direito da comunidade surda. É com esperança que levantamos esse debate com a ASSI. Estamos fazendo a escuta para buscar concretizar esse direito. A luta por uma educação verdadeiramente inclusiva deve ser coletiva, com compromisso e ação concreta do poder público”, afirmou.